Que doenças precisam de doação de medula óssea?

Que doenças precisam de doação de medula óssea?

Na segunda quinzena de dezembro, celebramos a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, sabia? Trata-se de um momento crucial para conscientizar sobre a relevância desse gesto. E, sobretudo, levar informação! Pois, ainda há quem tenha medo do procedimento e, pior, não tem certeza exata de que doenças precisam, realmente, de doação de medula óssea.  

O que é a doação de medula? 

A medula óssea, ou tutano, é um tecido líquido-gelatinoso presente no interior dos ossos. Ainda que pequeno, desempenha o papel crucial de produzir todos os componentes do sangue. Só para ter uma ideia, é ali que células-tronco bem específicas têm origem.  

Quando elas amadurecem, passam por um processo de diferenciação, transformando-se em glóbulos brancos (responsáveis por combater infecções), vermelhos (encarregados de transportar o oxigênio) e plaquetas (que contribuem para a coagulação). Somente nesse ponto, estão prontas para serem liberadas na corrente sanguínea. 

E como é o procedimento? De modo geral, a doação de medula óssea é a extração de uma pequena amostra de células do osso do quadril ou esterno (no meio do peito). Depois, essa amostra vai para o transplante de medula, principal forma de tratamento de doenças graves, como leucemia e mieloma.  

Isso dói? Não! No procedimento, aplica-se anestesia geral ou epidural. Além disso, tudo dura cerca de 90 minutos. Ou seja, não demora quanto muita gente pensa. Nos dias seguintes, é normal sentir algum desconforto, mas analgésicos podem aliviar qualquer dor. 

Que doenças precisam de doação de medula óssea? 

A princípio, o Transplante de Medula Óssea é uma intervenção que oferece perspectiva de cura para diversas doenças hematológicas, tanto malignas quanto benignas. Mas, também abrange neoplasias não hematológicas e doenças autoimunes. 

A maioria das doenças sanguíneas surge de uma disfunção naquele processo de diferenciação. Dito de outra maneira, as células sofrem mutações, muitas vezes sem uma causa conhecida, perdendo suas funções e prejudicando o sistema. Então, o transplante é uma alternativa para revitalizar a medula com células saudáveis. 

Normalmente, o profissional médico o indica quando tratamentos convencionais, a exemplo de radioterapia e quimioterapia, já não são suficientes para controlar a doença. Ou seja, a doação é o recurso terapêutico mais eficaz para alcançar a cura. Porém, há casos em que é recomendado logo no início do tratamento.  

Em suma, podem precisar do transplante pessoas que tenham: 

  • Síndrome Mielodisplásica (SMD)  
  • Mieloma Múltiplo  
  • Linfomas de Hodgkin e não Hodgkin  
  • Leucemias Agudas e Crônicas  
  • Hemoglobinúria Paroxística Noturna  
  • Anemia Falciforme e Talassemia   
  • Anemia de Fanconi  
  • Aplasia Medular ou Anemia Aplástica Severa  
  • Imunodeficiências congênitas ou primárias e secundárias 

Quem pode doar? 

A princípio, qualquer pessoa saudável entre 18 e 65 anos, com peso superior a 50 kg, pode se tornar um doador de medula óssea. No entanto, é importante não ter doenças que possam ser transmitidas pelo sangue. Por exemplo: 

  • AIDS 
  • Hepatite 
  • Malária 
  • Zika 

Também, condições como artrite reumatoide, hepatite B ou C, doenças renais ou cardíacas, diabetes tipo 1 ou histórico de câncer, como leucemia. 

Como é a recuperação? 

Depois da doação de medula óssea, é comum surgirem alguns sintomas, como dor ou desconforto nas costas e no quadril, fadiga excessiva, dor de garganta, dores musculares, insônia, dor de cabeça, tontura ou perda de apetite.   

Contudo, é possível minimizá-los por meio de cuidados simples, tais como: 

  • Evitar esforços e priorizar o descanso, especialmente nos primeiros 3 dias após a doação 
  • Manter uma alimentação equilibrada, realizando refeições a cada 3 horas, quando possível 
  • Incrementar o consumo de alimentos com propriedades cicatrizantes, como leite, iogurte, laranja e abacaxi 
  • Garantir a ingestão de pelo menos 1,5 litros de água por dia


Além disso, não é necessário fazer alterações significativas nos hábitos diários. Recomenda-se apenas evitar esforços físicos e exercícios nos primeiros dias. Geralmente, ao final de uma semana, os sintomas diminuem, possibilitando o retorno às atividades normais. 

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